quarta-feira, 7 de maio de 2008

Carcará

Composição: João do Vale/José Cândido
“Brasil, 1950, êxodo rural...”
“é um tempo de guerra, é um tempo sem sol...”
“sem sol, sem dó”
Carcará pega, mata e come
carcará não vai morrer de fome.
Carcará, mais coragem do que homem.
Carcará pega, mata e come!
Carcará quando vê roça queimada
sai voando e cantando:
carcará vai fazer sua caçada,
carcará come inté cobra queimada!
Quando chega o tempo da invernada
No sertão não tem mais roça queimada.
Carcará mesmo assim não passa fome.
Os borregos que nasce na baixada...
Carcará pega, mata e come
carcará não vai morrer de fome.
Carcará, mais coragem do que homem.
Carcará pega, mata e come!
Carcará é malvado, é valentão,
é a águia de lá do meu sertão.
Os borrego novinho não pode andá:
Ele puxa no imbigo inté matá.
Carcará pega, mata e come
carcará não vai morrer de fome.
Carcará, mais coragem do que homem.
Carcará pega, mata e come!
Carcará, lá no sertãoé um bicho que avoa
que nem avião.
É um pássaro malvado,
tem o bico volteado que nem gavião.
Carcará pega, mata e come
carcará não vai morrer de fome.
Carcará, mais coragem do que homem.
Carcará pega, mata e come!

Nenhum comentário: